terça-feira, 18 de março de 2008

Ainda vai tornar-se um imenso Portugal!!!

Foi com muita satisfação e esperança que desenvolvemos o nosso enredo para o carnaval virtual de 2008 buscando alcançar um grande resultado. Mas até o dia do desfile chegar, muito trabalho ainda teremos pela frente. Se teremos sucesso? Não sabemos, mas é o que buscamos... Enquanto isso, o nosso enredo vai contando com uma boa aceitação do público virtual! Valeu!!!!








Um Samba Português, Um Fado Tropical... Ainda Vai Tornar-se um Imenso Portugal!
Autor do Enredo: Guilherme Dourado


“Dilatai a fé, engrandecei o Reino e trazei riquezas...”
(D. Manuel, o Venturoso)


A Colibris parte, sonhadora como só ela, embarcando no sonho de cada homem e de cada mulher que partiu de Portugal e se lançou ao mar, buscando cumprir um destino, alcançar um ideal.

Ao alcançar o litoral sul da Bahia e contemplar a grandeza daquela natureza e a beleza daquelas terras, o capitão-mor Pedro Álvares Cabral e seus homens certamente sentiram que aquele chão ainda cumpriria seu ideal, ainda se tornaria um imenso Portugal.

Esse mesmo sentimento tomou conta de inúmeros espíritos aventureiros que enfrentaram as densas matas do Brasil e nelas “se perderam e se encontraram”, fizeram seus lares e ergueram suas vidas. Nesse sentimento, nesse sonho, Portugal e Brasil se confundem, em cada casa, em cada coração, um novo Portugal se ergue no Brasil, um Brasil se ergue com jeito de Portugal, “com avencas na caatinga, alecrins no canavial, licores na moringa, um vinho tropical”.

E o mar, que une e separa, que é caminho e descaminho, pareceu desaparecer entre o Velho e o Novo Mundo. Em 1808, o então Príncipe Regente Dom João, temendo a invasão de Portugal pelas tropas de Napoleão, transfere a corte portuguesa para o Brasil. A sede da coroa passa a ser o Rio de Janeiro. Transformações em terras brasileiras tornam esse sonho de um Brasil português ou de um Portugal brasileiro ainda mais grandioso. Em delírios de sonhadores ou em devaneios de uma rainha louca, “guitarras e sanfonas, jasmins, coqueiros, fontes... sardinhas, mandioca, num suave azulejo... e o Rio Amazonas que corre trás-os-montes e, numa pororoca, deságua no Tejo”.

Quando Dom Pedro proclamou a independência do Brasil, reservava o destino uma ironia, como quem diz: “ai esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um imenso Portugal”. Pelas mãos do herdeiro da coroa portuguesa, o Brasil se tornava um país, monarquia de sangue e estilo europeu. Pedro, nosso primeiro soberano, se tornaria Pedro IV, rei de Portugal. E o Brasil ainda se tornaria um pouco português em muitos corações.

Descendentes de portugueses, imigrantes e tantos outros carregaram esse mesmo sentimento consigo. Entre eles, uma moça, pequena mas notável, que se tornou um símbolo do Brasil e do jeito de seu povo. A portuguesa Carmen Miranda cantou: “tem português assim nas minhas água / que culpa eu tenho de ser boa mulata”. Os brasileiros Chico Buarque e Ruy Guerra, em seu “Fado Tropical”, cantaram “a linda mulata / com rendas do Alentejo / de quem numa bravata / arrebato um beijo”.

Cantando este sonho com um quê lusitano, a Colibris se veste de portuguesa, mas que não nega que “seu coração balança a um samba de tamborim”.


Viva Maria, ia, ia!
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia!
Viva a banda, da, da!

Carmen Miranda, da, da, da, da!"

Esquindim, esquindim!

Um comentário:

Juninho Granzoto™ disse...

rs... Gostei do Fado hehe

bacana o blog, parabéns Gui!

Flw!